Simpósio Internacional

Durante os dias 05 e 06 de fevereiro, acontecerá o Simpósio Internacional da Bienal de Arte Digital no Rio de Janeiro, abordando o Hibridismo e a Arte Digital.

Um dos principais nomes do Simpósio é o americano Joe Davis, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Davis é um “alquimista” pioneiro de trabalhos de arte e biologia molecular e arte espacial — inclusive em parceria com a NASA.
A programação é gratuita e acontecerá no Teatro do Oi Futuro Flamengo.
Para participar, inscreva-se em: http://bienalartedigital.com/inscricao-simposio/

Veja o cronograma:

Dia 1 – 05/02:

10h
Abertura Simpósio / Open Symposium:
Alberto Saraiva (Oi Futuro) / Tadeus Mucelli (FAD/Bienal)


10h30
Palestra Magna:
RADICAL DIGITAL na Arte e Tecno Ciência 
Diana Domingues (BRA)


14h
Ivan Henriques (BRA)



Dia 2 – 06/02

9h30
Joe Davis – MIT (USA)
Bernardo Oliveira – UFRJ (BRA)


14h
Guto Nobrega – UFRJ (BRA)
Daniel Cruz – U.Chile (CHL)
Soliman Lopez – ESAT (ESP)
 


JOE DAVIS é um pesquisador afiliado no Departamento de Biologia do MIT e no George Church Laboratory da Harvard Medical School. Sua pesquisa e arte incluem trabalho nos campos de biologia molecular, bioinformática, “arte espacial” e escultura, usando mídia, incluindo centrífugas, rádios, próteses, campos magnéticos e material genético. Os cargos de professor de Davis foram no MIT e na Rhode Island School of Design (RISD). Seus trabalhos incluem a escultura Earth Sphere, uma fonte de nevoeiro histórica na Praça Kendall, Cambridge, Massachusetts, perto do campus do MIT; RuBisCo Stars, uma transmissão de uma mensagem para estrelas próximas do radiotelescópio do Observatório de Arecibo em Porto Rico, realizada em novembro de 2009; a New Age Ruby Falls, um projeto para criar uma aurora artificial usando um feixe de elétrons de 100.000 watts disparado para a magnetosfera de um Navio espacial NASA (que ainda não foi realizado); e Microvenus, uma peça de arte simbólica que engloba o código genético de um micróbio.O trabalho de Davis tem sido apresentado em revistas científicas, revistas de arte e mídia de massa, inclusive a revista Scientific American Nature, e vários livros. Além disso, Davis contribuiu para projetos associados ao movimento DIYbio. Ele é freqüentemente convidado a falar em universidades, laboratórios e institutos de arte. A vida de Davis foi detalhada em um documentário intitulado Céu e Terra e Joe Davis. Ele apareceu várias vezes na mídia, incluindo a ocasião em que foi  ridicularizado duas vezes no Relatório Colbert. Um segmento também foi produzido em Nova. Em 2001, o Washington Post chamou Davis de “éminence grise do movimento do bioart” dizendo ainda:” Davis evita o argumento da arte versus a ciência, insistindo que ele fala ambas as línguas e não poderia separar as duas disciplinas em sua própria mente”.

DIANA DOMINGUES é uma professora, pesquisadora e artista multimídia brasileira. Teve uma formação tradicional em Belas Artes mas logo seu interesse se voltou para técnicas não convencionais de produção artística, inspirada por um curso ministrado por Walter Zanini sobre a obra de Marcel Duchamp, passando a trabalhar com fotomecânica e xerografia. Nos anos 1980 dirigiu em Caxias do Sul o Atelier Livre da UCS e o NAVI, trazendo artistas, críticos e teóricos para darem cursos e palestras. Suas pesquisas levaram-na a focar sua dissertação de mestrado sobre bagagens de imagens e processamentos eletrônicos. Esse trabalho, desenvolvido na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, teve boa repercussão, gerando um convite para dar curso na mesma escola em 1991. Seu doutorado aconteceu na PUC-SP, com uma tese intitulada Imagem Eletrônica e a Poética da Metamorfose, e em seguida apresentou uma instalação multimídia interativa na Bienal de São Paulo. Nos anos 1990 estreitou contatos com pesquisadores e artistas de vários países, fazendo exposições internacionais e organizando em 1995 um simpósio no Memorial da América Latina, junto com uma exposição no MAC-USP, abordando vários aspectos da ligação entre arte, imagem e computação. Em 2002 lançou o livro Criação e Interatividade na Ciberarte. Sua linha de atuação se consolidou em torno das transformações das imagens na passagem de um meio para outro e em suas relações com o corpo, o processo de criação, o funcionamento da mente, a matemática, a computação, os sistemas orgânicos e os de inteligência artificial. Realizou mais de trinta exposições individuais e mais de cem coletivas, já foi citada em diversas publicações internacionais, e é autora de vários artigos em livros e revistas especializadas. Na VII Bienal de Havana, em 2000, recebeu o Prêmio da UNESCO para a Promoção da Arte. Coordenou o grupo de pesquisa Novas Tecnologias nas Artes Visuais da UCS, integrando pesquisadores e bolsistas das artes, comunicação, informática e automação industrial. Atualmente é coordenadora do LART, Laboratório de Pesquisa em Arte e TecnoCiência, na Universidade de Brasília campus do Gama e atua como Professora Visitante Nacional Sênior-CAPES. É professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Artes na UnB e no Programa de Pós-Graduação em Eng. Biomédica na FGA-UnB.

BERNARDO OLIVEIRA é professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRJ, pesquisador, crítico de música e cinema, produtor. Possui graduação em Filosofia pelo IFCS/UFRJ, mestrado e doutorado em Filosofia pela PUC-RIO. Realizou doutorado-sanduíche em Brown University e pós-doutorado no IFCS/UFRJ. Tem experiência na área de filosofia, com ênfase em ética, filosofia política e filosofia contemporânea. Desenvolveu projeto de pesquisa sobre o filósofo francês Gilbert Simondon (“Gilbert Simondon, precursores e derivações: O problema da educação e da “cultura técnica” na sociedade metaestável”). Atua também nos seguintes temas: antropologia, cultura brasileira, cinema brasileiro, história da música e estudos do som. Como crítico de música e ensaísta, colaborou com diversos jornais, blogs, revistas e festivais no Brasil e no exterior. É produtor do selo musical QTV e do Quintavant, evento de música de vanguarda que há sete anos ocorre semanalmente na Audio Rebel (Botafogo-RJ). Co-produziu os filmes “Noite” e “Sutis Interferências”, de Paula Maria Gáitan. Publicou em dezembro de 2014 o livro “Tom Zé – Estudando o Samba” (Editora Cobogó). Participa como colaborador do GEM – Grupo de Educação Multimídia (Letras/UFRJ) e do LISE – Laboratório do Imaginário Social e Educação (Educação/UFRJ).

GUTO NÓBREGA é  Doutor (2009) em Interactive Arts pelo programa de pós graduação Planetary Collegium (antigo CAiiA-STAR), University of Plymouth UK, onde desenvolveu pesquisa sob orientação do Prof. Roy Ascott durante 4 anos com bolsa de doutorado pleno pela CAPES. Sua pesquisa de caráter transdisciplinar nos domínios da arte, ciência, tecnologia e natureza investiga como a confluência desses campos (em especial nas últimas décadas) tem informado a criação de novas experiências estéticas. Este estudo traz como resultado um intervenção prático-teórica no campo da arte com foco nas idéias de interatividade, telemática, teorias de campo e hiperorganimos. Guto Nóbrega é artista, pesquisador, Mestre em Comunicação, Tecnologia e Estética pela ECO-UFRJ (2003) e Bacharel em gravura pela EBA-UFRJ (1998) onde leciona desde 1995 e atualmente fundou e coordena o NANO – Núcleo de Arte e Novos Organismos, espaço de pesquisa para investigação na intersecção entre arte, ciência e tecnologia.

DANIEL CRUZ é um artista visual que atualmente dirige o núcleo de Objeto Tecnológico de Pesquisa em Arte Contemporânea da Universidad de Chile. Ele é o coordenador do MAM / Magister in Media Arts e vice-diretor do Departamento de Artes Visuais da Faculdade de Letras da Universidad de Chile. Desde 2000 participa em exposições individuais e coletivas em galerias, museus, instituições culturais e espaços públicos no Chile e no exterior.

SOLIMAN LÓPEZ desenvolve seu trabalho e investigação aplicando e analisando a tecnologia do ponto de vista técnico e conceitual, criando peças de arte digital, interativa, performance e media art em geral. Ele usa fortes referências da história da arte, as mudanças sociais obtidas pelo paradigma da revolução tecnológica e a nova linguagem proposta pelo próprio digital. Seu trabalho foi mostrado em muitos países, como Venezuela, Cuba, Nicarágua, México, El Salvador, Argentina, Suécia, Portugal, Grécia e outros.

IVAN HENRIQUES é um artista transdisciplinar e pesquisador que trabalha em instalações multimídia examinando sistemas vivos. Ele explora, em seus trabalhos, híbridos da natureza e cultura (tecnológica) criando novas formas de comunicação entre humanos e outros organismos vivos. Considera a natureza como inspiração e um fator necessário para o desenvolvimento do mundo tecnológico. Ivan desenvolveu o grupo interdisciplinar Formas Híbridas e é o diretor do programa de residência móvel EME >> (Estúdio Móvel Experimental, desde 2008). Seus trabalhos são exibidos internacionalmente, participando de festivais, residências e palestras.